Um bom sistema de controle financeiro exige, para tomada de decisão, a apuração de resultados mensais. Sem as demonstrações financeiras, e aqui nos referimos ao balanço patrimonial ou balancete e à demonstração do resultado do período, a administração terá dificuldade em determinar se as decisões tomadas anteriormente foram realmente implementadas com sucesso. Em economias altamente competitivas, muitas decisões, como o objetivo de enfrentar essa competição ou mesmo medidas governamentais, são alteradas durante o período em análise.
O lucro bruto é definido como a diferença entre a receita líquida das vendas e o custo dos produtos ou das mercadorias vendidas e os fatores determinantes da sua variação são de três naturezas: variações atribuíveis a mudanças de volume, variações atribuíveis a mudanças em preços e custos unitários e variações atribuíveis a ambos os fatores em conjunto.
É de conhecimento geral, que a análise do lucro bruto é uma importante ferramenta de avaliação do desempenho de uma empresa, orientando, muitas vezes, a administração quanto à s medidas apropriadas para melhorar o desempenho nas áreas de vendas, produção e compras.
Os fatores causais da redução do lucro bruto, depois de identificados devem ser comunicados à s áreas responsáveis por essa redução, variando em função do tipo de organização adotada pela empresa.
Essa identificação de causas e responsabilidades confere validade gerencial à análise, uma vez que orienta decisões administrativas visando à correção ou à compensação do problema.
Embora bastante útil, a análise das variações no lucro bruto sobre as vendas deve ser interpretada com certo cuidado, pois não pretende mostrar o efeito da mudança de preços sobre o volume de produtos vendidos.
O controle do efeito de volume, preço unitário e custo unitário está baseado na premissa de que cada um deles aja indepedentemente. Ora, essa premissa não é inteiramente exata, pois existe interrelação entre vendas, custo e volume, na medida em que afetam o lucro bruto sobre vendas.