
Diz-se que um orçamento é flexível ou varíavel quando inclui dados unitários de renda e de gastos que permitam ajustá-lo, em qualquer momento, Ã s condições reais ou revisadas dos volumes de produção e de vendas. Sabemos que o dado básico de um orçamento é a previsão do volume de vendas.
A partir dessa previsão e dos níveis desejados de estoque, a empresa comercial determina os volumes das suas compras e a empresa industrial define os volumes da sua produção.
Esses volumes, multiplicados pelos dados unitários de venda e de compra, geram a renda das vendas e os gastos de compras diretas a serem considerados no orçamento.
Assim, pode-se dizer que, no que respeita a vendas e a custos diretos, todo orçamento é flexível.
Disso resulta que, a rigor, a grande importância dos orçamentos varíaveis refere-se, principalmente, Ã sua utilidade para o controle efetivo dos gastos indiretos.
Dessa forma, o conceito mais exato de flexibilidade orçamentaria caracteriza como flexíveis apenas aqueles orçamentos que, além de dados unitários de vends e de custos diretos, disponibiliza também, dados unitários de gastos indiretos.
Em vista disso, pode-se dizer que orçamentos varíaveis ou flexíveis são aqueles nos quais os níveis totais de gastos indiretos podem ser revisados de modo a refletirem o nível real de operação da empresa.
Assim, o orçamento varíavel é o recurso orçamentário que maximiza o aproveitamento gerencial das comparações a serem procedidas entre os níveis orçados dos gastos indiretos e os níveis reais desses mesmos gastos.